Realmente existe um certo terrorismo em relação à economia brasileira. Afinal, a moeda está tendo ape-nas um ajuste em face ao mercado internacional de câmbio. Nada mais natural que a balança comercial perca seu superávit de tantos anos. O aumento dos juros internos são devidos apenas a política rigorosa de combate à inflação. Esta subiu circunstancialmente e cederá em poucos meses.
O ambiente pessimista da imprensa e das empresas dedicadas a avaliações, via críticas e rebaixamentos, é mais uma questão política do que baseada em fatos reais. A queda das bolsas e das ações de empresas brasileiras é de origem psicológica de um mercado nervoso e volátil. O derretimento das empresas X, com endividamento considerável, será revertido, pois o mercado absorverá novas emissões e os bancos manterão a confiança que os levou a emprestar quase 20 bilhões de reais. As ações da Vale e da Petrobras estão sendo reajustadas depois de um período de especulação com as mesmas.
Não temos problemas com vizinhos. Relações comerciais estão normais e as desavenças como as envolvendo a Petrobras, estatal, e ALL, privada, ficam no âmbito das próprias empresas com nossos irmãos argentinos. Nada mais natural que estejamos fazendo doações de arroz para os cubanos, nossos amigos, uma vez que aqui o produto não falta na mesa de ninguém. A Venezuela também merece nosso apoio em gêneros que lá faltam e aqui abundam. Perdoar dívidas de ditaduras afri-canas é parte do resgate da que temos com o continente que con-tribuiu com parte de nossa população. A Copa das Confederações foi um sucesso e transcorreu sem incidentes. O mundo do futebol en-cantado com o que vai ser a Copa de 14. O povo nas ruas mostrando muita alegria.
As manifestações de ruas são meros exercícios da cidadania e da democracia entre nós. A gestão pública é bem avaliada pela população, como atestam as pesquisas de opinião, que ainda mostram o favoritismo da presidenta na eleição do ano que vem.
Os estados estão satisfeitos com a distribuição dos impostos e com as condições de seu endividamento com a União; os municípios, gratos ao apoio federal. O setor elétrico está obtendo ganhos satisfatórios, a siderurgia vive um grande momento e a industria automotiva, em breve, dispensará incentivos. Reina paz no campo e existe um clima animador para novos investidores. O licenciamento de obras por parte das auto-ridades ambientais é irretocável.
As contas públicas estão perfeitas, claras e sólidas. Tudo sob controle. No entanto, os investidores são muito bem-vindos. Assim como uma legislação trabalhista moderna, um sistema tributário simplificado e justo, portos e aeroportos eficientes, estradas bem cuidadas e fartura de mão de obra especializada.
A presidenta Dilma está correta ao denunciar um terrorismo econômico, visando deturpar a real situação de nossa economia, e as oposições mais corretas ainda em manter uma crítica pontual e superficial. Afinal, o caminho lento, mas gradual e seguro, para o modelo boli-variano vai sendo conduzido com grande competência.